Pandemia! Esta tem sido a palavra mais falada no mundo nos últimos meses. Não é pra menos, afinal ela mudou completamente a vida de todas as pessoas no planeta, tanto fora, como dentro de casa.
A incerteza invadiu, sem pedir licença, todas as famílias. O medo é grande e transita entre o temor de pegar a Covid-19, perda do emprego, estragos econômicos e principalmente a perda de conexão. Já é confirmado que o isolamento social aumentou significativamente os casos de violência doméstica, com destaque para os Estados do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, segundo a Defensoria Pública dos mesmos. Mulheres, idosos e menores de idade são os mais afetados. A reclusão da família protagonizou a intensificação do convívio e também dos conflitos. A perda da normalidade nos mergulhou numa espécie de luto coletivo. Um luto antecipado pela perda da segurança que faz crescer a ansiedade e nos leva a projetar os piores cenários. Mente acelerada não é saudável e adoece. Então precisamos colocar os dois pés no presente agora. Depois de negar a possibilidade de ser contaminado, sentir raiva por estar confinado em casa e a tristeza de não saber quando isso terá fim, precisamos aceitar a realidade e lidar concretamente com ela, para mais tarde conseguir dar significado a tudo isso.
Há coisas dentro e fora do nosso controle nesse momento e devemos diferenciá-las bem. Em casa eu consigo cuidar da alimentação, me exercitar, aprender coisas novas, praticar a higienização constante, conversar com amigos pela internet ou telefone, não espalhar fake news e evitar focar nas notícias ruins. Mas não tenho controle sobre a cura do vírus, fim da pandemia, cenário político, colapso do sistema de saúde, economia mundial e comportamento das outras pessoas. Mas precisamos lembrar que tudo isso vai passar.
O psicólogo Steven Taylor que é professor do Departamento de Psiquiatria da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), e autor do livro A psicologia da pandemia recentemente lançado (dezembro 2019) destaca que as pessoas são fortes e resilientes para enfrentar o sofrimento emocional em tempos como esse, como relembra o passado de pandemias anteriores. Entretanto, os problemas emocionais pré-existentes podem ficar evidenciados e precisam ser tratados.
No meio do caos, ainda podemos ter alguma ordem, pois nesses momentos a compaixão e a solidariedade também se espalham e contagiam muitas pessoas. Alguns profissionais do Espaço Vida e Saúde – Fábrica de Relacionamentos, por exemplo, se dispuseram a prestar atendimento gratuito durante a pandemia do coronavírus. Para ter acesso ao serviço desses psicólogos adventistas basta acessar o site http://evisa.fabricaderelacionamentos.com.br/psicologos/ e escolher um profissional voluntário para receber apoio emocional nesta crise. Não devemos negar o que sentimos, mas podemos administrar criativamente nossas emoções e vidas durante essa pandemia.
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